sábado, 23 de junho de 2012

As diferenças que fazem a diferença

         Jamais exigir o que os outros não têm para dar. Exigir de um filho ou aluno que reconheça seus erros e sejam sóbrios no exato momento em que erram é uma afronta. Exigir que nosso cônjuge, parceiro(a) ou namorado(a) seja coerente durante uma crise de ansiedade é um desrespeito. Cobrar dos funcionários lucidez e reflexão no exato momento em que tropeçam ou falham é uma injustiça. Nesses momentos, tais pessoas estão presas pelas janelas killer, bloquearam milhares de outras janelas, não tê portanto, condições de pensar, analisar, refletir, enfim de pensar por múltiplos ângulos.

          No primeiro momento, espere que a temperatura emocional de quem falhou abaixe, dê um momento para ele respirar, refletir. Espere uma hora, um dia, uma semana, o que for necessário. No segundo momento, seja gentil e elogie. Encontre pontos nos quais ele possa ser valorizado, ainda que você tenha dificuldades de encontrá-los. Enfim, conquiste sua emoção. Somente no terceiro momento aponte os erros, disseque as falhas.

          Desse modo, os ânimos serão domesticados; as tensões aplainadas e a educação, realizada. Não seremos invasores, mas contribuintes do crescimento dos outros. Quem primeiro quiser conquistar o território da razão para depois o da emoção, como sempre fizemos desde os primórdios da civilização humana, causará acidentes imprevisíveis.

[Augusto Cury, em O Código da Inteligência - As diferenças que fazem a diferença]

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