“Essa louca viagem no início de uma aventura romântica tem todas as marcas de uma viagem para a vida inteira. Tente dizer a um sonhador de olhos cintilantes com 16 anos de idade que ele não está amando, que ele está apenas apaixonado. [...] Ele sabe o que está sentindo, e se sente maravilhoso. Mas é melhor ele desfrutar desta viagem de montanha russa enquanto durar, porque ela tem um final previsível.
Tenho que destacar este fato com a maior ênfase: o júbilo da paixão jamais é uma condição permanente. Ponto final. Se você espera viver no topo dessa montanha, ano após ano, é melhor esquecer. As emoções oscilam para cima e para baixo, num ritmo cíclico, e como a excitação romântica é uma emoção, certamente também oscilará. Se a vibração do encontro sexual é identificada como verdadeiro amor, então a desilusão e o desapontamento já estão a caminho.
Quantos jovens casais vulneráveis "estão caídos de amor pelo amor" logo no primeiro encontro – e se prendem no casamento antes mesmo que a oscilação natural de suas emoções tenha passado pela primeira descida? Então certa manhã acordam sem aquele sentimento gostoso e concluem que o amor morreu. Na realidade, nunca esteve presente. Eles foram traídos por um “alto” da emoção.
Estava tentando explicar esta característica de altos e baixos de nossa natureza psicológica a um grupo de 100 jovens casais aos quais estava falando. Durante o período de discussão, alguém perguntou a um rapaz do grupo por que se casara tão jovem, e ele respondeu: "Porque eu não sabia de toda essa complicação até que era tarde demais!"Ai de nós, é verdade!" toda essa complicação” tem sido armadilha para mais de um jovem romântico.
Essa "complicação" é manipulada para cima e para baixo pelas circunstâncias da vida. Mesmo quando um homem e uma mulher se amam profunda e genuinamente, eles se sentirão deslumbrados numa ocasião e menos empolgados noutra! Como se vê, o amor não é definido pelos altos e baixos, mas é dependente de um compromisso da sua vontade! A estabilidade vem desta determinação irredutível de fazer do casamento um sucesso e manter a chama viva a despeito das circunstâncias.
[...] Voltemos à questão diante de nós: se amor genuíno é baseado num compromisso da vontade, como é que se pode saber quando ele chegou? Como ele pode ser distinguido da paixão temporária? Como é que o sentimento pode ser interpretado como inconfiável e inconstante?
Só há uma resposta a todas essas perguntas: isso leva tempo. O melhor conselho que eu posso dar a um casal pensando em casamento (ou qualquer outra decisão importante) é este: "não tome nenhuma decisão importante, ou que venha a mudar sua vida, de modo rápido ou impulsivo, e, quando tiver dúvida, dê tempo ao tempo. Esta não é uma má sugestão, e deve ser colocada em prática por todos nós." (James Dobson)
Há umas horas atrás conversando sobre relacionamentos com uma amiga ao telefone, me veio certos questionamentos: O que é amor? O que é paixão? Eu já vivi um amor ou vivi de paixões?
Durante uma de suas reclamações sobre seu relacionamento, notei a frustração dela. Uma mulher muito bonita, estudada, um bom emprego,uma mulher que sempre foi temente a Deus, cheia de virtudes, afundada num relacionamento que caminha cada dia mais ao abismo.
O sentimento de paixão é altamente enganoso, nele mora o perigo. Muitos tem se casado ou mesmo se entregado sexualmente a alguém fora do casamento, movidos simplesmente pelo sentimento da paixão. E quando essa paixão passa, resta as feridas na alma, na mente. Ficam feridas, que só Deus pode tratar com o tempo e cicatriza-las.
"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" (Jeremias 17.9)
Tentei explicar para ela que paixão geralmente é baseada na aparência exterior, no físico. E quando nos deixamos levar por esse sentimento, temos atitudes tão rápidas quanto a duração desse sentimento. Diferente da paixão o amor é um sentimento que não nasce a primeira vista, é um sentimento que cresce e vai se fortalecendo com o tempo, aliás o maior aliado do amor depois de Deus, é o tempo.
O amor não te traz medo, nem angústia, não é um sentimento que te faz perder noites de sono, e faz você parar de sonhar com carneirinhos para sonhar com essa pessoa. O amor não altera sua alimentação, não altera seus batimentos cardíacos, isso são reações causadas por paixão. É a paixão que causa incertezas, angústias, a paixão que nos faz precisar falar ao telefone pelo menos 3 vezes no dia, para ter certeza que a pessoa está pensando na gente e não está com ninguém.
O amor valoriza características como honestidade, generosidade, um bom dialogo, companheirismo e carinho. O amor sabe que aparência muda, então procura o quanto antes encontrar essas qualidades tão importantes.
Não que a atração física não seja importante, ela até pode ser, mas realmente está em 86º plano.
O amor não é cego, ele vê com clareza as qualidades e defeitos,não busca interesses próprios, busca em primeiro lugar equilíbrio espiritual e emocional. O amor não nos afasta da presença de Deus, quem faz isso é a paixão que é egoísta, e o egoismo é o sentimento que afasta as pessoas do amor.
O amor traz uma pitada de domínio próprio, traz sabedoria para caminhar, e não exagerar com o outro, não nos leva a intimidade indesejada, antes da hora. O amor é paciente, ele sabe esperar até o casamento, a paixão é apressada.
A Bíblia diz que "um abismo leva a outro abismo", então ceder às paixões é atrair para sua vida conseqüências terríveis.
Para concluir meu pensamento dessa noite, no livro de Cantares diz: "Deus reserva os maiores prazeres matrimonias e amorosos para aqueles que saibam esperar o tempo dEle! Mas mágoas e ressentimento esperam os que adiantam o tempo de Deus nos relacionamentos românticos."
Boa Noite, Deus os abençoe! [Por Camila Bossoni]
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